06/11/2017

Uma Educação de Qualidade Passa Pelo Respeito à Inclusão

Por Ivan Carlos Zampin – Professor Doutor, Docente no Ensino Superior, Ensino Fundamental, Médio e Gestor Escolar.

 

O movimento pela “Sociedade Inclusiva” é internacional, o qual conta com regras bem definidas, sendo explicitado pela primeira vez em 1990 pela resolução 45/91 da Assembléia Geral das Nações Unidas. Tal resolução defendida é “uma sociedade para todos” (WERNECK, 1997).

Tendo em vista a proposta da implementação dos ideais da inclusão no Brasil, há a necessidade de preparar novos profissionais e o sistema educacional, para tal processo. Já que a escola é um dos princípios básicos da vida social do ser humano. A escola depois da família é o espaço primeiro e fundamental para o processo de socialização da criança. A meta primordial da inclusão é não deixar ninguém sem oportunidade de integração no ensino regular, é uma inserção total e incondicional.

A inclusão é uma inovação, que pede necessariamente um movimento de reforma abrangente e profunda no sistema educacional e na formação dos profissionais, fazendo com que a escola e os profissionais saibam reconhecer as diferenças e não tenham preconceitos, que atendam às necessidades de cada um e promovam a aprendizagem.

A Declaração de Salamanca é um documento resultado da Conferência Mundial de Educação Especial, realizada em junho de 1994 na cidade de Salamanca – Espanha, tendo envolvido 88 governos e 25 organizações internacionais. Nesta conferência, foram resgatadas propostas feitas pela “Declaração Universal dos Direitos Humanos” em 1948, “Conferência Mundial de Educação para Todos” em 1990, e as declarações da ONU com o modelo de “Sociedade inclusiva”, também chamada de “Sociedade para Todos”, que deveria ser estruturada para atender as necessidades de cada cidadão baseado no princípio de que todas as pessoas têm o mesmo valor.

Por essa declaração de Salamanca fica estabelecido que são necessárias melhoras para o acesso à educação de todos aqueles cujas necessidades especiais ainda não estão sendo supridas. Com essa proposta de Educação inclusiva, mostra-se a necessidade de alguns grupos receberem maior atenção, tais como: os alunos com dificuldades de aprendizagem e as pessoas com necessidades especiais, visto que eles são os sujeitos da inclusão.

A Declaração de Salamanca define o consenso emergente da escola inclusiva, onde crianças e jovens com necessidades educativas especiais possam receber os mesmos arranjos educacionais a que tem acesso qualquer criança, partindo para o princípio de normalização, respeitando as diferenças individuais proporcionando a emancipação do ser humano, através das melhores possibilidades do desenvolvimento de suas potencialidades.

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