20/01/2020

Universo acadêmico precisa acompanhar a evolução tecnológica

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Os cursos universitários levam tempo para conseguir a aprovação do Ministério da Educação (MEC) e depois entrar na grade de ofertas de uma instituição superior, sejam eles bacharelado, licenciatura ou tecnólogos.

Ao longo dos anos, esse ciclo sempre funcionou, mas parece que o método não é mais tão eficiente para as demandas atuais.

Essa afirmação fica mais evidente quando observamos um estudo realizado pelo LinkedIn, uma rede social corporativa, que divulgou um relatório sobre as profissões emergentes no mercado brasileiro.

Carreiras promissoras para 2020 no Brasil

  • Gestor(a) de mídias sociais

  • Engenheiro(a) de cibersegurança

  • Representante de vendas

  • Especialista em sucesso do cliente

  • Cientista de dados

  • Engenheiro(a) de dados

  • Especialista em Inteligência Artificial

  • Programador(a) de JavaScript

  • Investidor(a) Day Trader

  • Motorista

Demandas do mercado profissional

De acordo com o levantamento, a maioria das atividades com alta demanda no mercado de trabalho está por profissionais com amplo conhecimento de tecnologia.

A exploração de inteligência artificial, como são os casos dos engenheiros de dados, especialistas de sucesso do cliente, profissionais responsáveis pela segurança online e mesmo os desenvolvedores estão bem requisitados.

Porém, como pode hoje um recém-saído do ensino médio optar por um curso superior de programação de chatbot no Messenger do Facebook? Infelizmente, a parte teórica e técnica só vai ser conquistada já no mercado de trabalho e palestras ou o interessado terá que recorrer a instituições do exterior que acompanham mais de perto estas demandas.

Locais como Alemanha, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos sempre saem na frente quando ao uso de novas tecnologias e também servem de fonte de informação para que jovens consigam melhores capacitações e entrem no mercado com mais qualidade.

O que o mercado educacional brasileiro precisa fazer?

As universidades hoje sofrem com sistemas online para geração de boleto, conferência de notas, contato com coordenadores e professores. E isso é apenas uma ponta do iceberg.

Com raras exceções, os universitários recebem poucos incentivos para empreender e gerar novos negócios. Isso até explica os poucos casos de unicórnios* brasileiros (termo usado para classificar projetos de startups com crescimento acima da média).

Não é raro ter dificuldade em encontrar o endereço, o telefone de contato ou mesmo informações sobre como conseguir um documento específico em universidades de norte a sul do país.

Até mesmo o processo de inscrição para participar do vestibular é complexo e pouco intuitivo.

Quando falamos em avanços tecnológicos, aqui não é apenas sobre o material visível, mas também sobre os sistemas que gerenciam toda essa estrutura.

Como ter agilidade no mercado educacional?

Existem algumas instituições superiores que oferecem cursos livres com duração de um a seis meses, mas isso não é tradição em todas as faculdades e universidades brasileiras.

Seria insegurança sobre a possibilidade de redução de estudantes nos cursos tradicionais?

Um outro ponto de vista poderia ser observado pelo lado de que a melhora profissional pode resultar em mais alunos no ensino superior e, inclusive, em cursos de pós-graduação.

Fora esta vantagem, a instituição que disponibiliza este tipo de aperfeiçoamento mais rápido terá a possibilidade de testar diversos cursos, preços e formatos, além de sair na frente dos concorrentes. Vale destacar que inovação é um dos critérios para fidelizar o consumidor e também para atrair novos clientes, isso deve ser colocado sob a mesa.

As instituições superiores deveriam absorver aquilo que é hoje ensinado como customer service (atendimento diferenciado com experiência incrível antes, durante e depois do período de compra ou uso de determinado serviço).

Não basta apenas falar de teoria, de que investe em inovação, fazer propaganda em todas as mídias ou cuidar do layout. É preciso incorporar tais evoluções ao dia a dia, tornar o período de aprendizado algo muito satisfatório e proveitoso, colocar o que for possível em EaD e ser mais dinâmico nas aulas práticas.

Ao adotar tais medidas, as universidades/ faculdades vão colaborar para elevar a qualidade da mão de obra brasileira e estarão ativamente integradas ao objetivo social das instituições, além de gerar mais receita.

Por onde começar este ciclo de inovação?

Como em toda empresa, o ponta pé inicial pode funcionar a partir de pesquisa de opinião com funcionários e estudantes. Cada um terá uma visão diferente sobre a instituição, mas permitirá fazer um diagnóstico mais completo.

Em seguida, o ideal é fazer uma avaliação sobre os dados obtidos e ser bem realista nas análises.

Depois disso, propor um plano de ações que será o norte para as decisões que serão tomadas no futuro.

Dinamismo e agilidade são características que precisam andar junto com o processo de inovação. Não adianta ter uma ideia sensacional, mas que necessite ser validada por n comissões para iniciar os testes.

Infelizmente, esse processo burocrático é sempre desmotivador para que inovações aconteçam. Fique atento!

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