21/02/2017

Vivaldinos

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

            Quando se trabalha ou pensa em relacionamentos, seja ele de qualquer tipo, entra em questão a lei da reciprocidade, ou seja, tal relacionamento deve se basear no ganha x ganha. Isto implica em dizer que ambas partes envolvidas devem ganhar, fazendo-se prevalecer a ética e a moral.

            O Brasil tem mais ou menos 22 mil cargos políticos e se analisarmos, são mais de vinte mil vivaldinos a surrupiar a nossa nação que sangra a dignidade de seu povo e rouba-lhe quaisquer perspectivas.

            Entende-se por vivaldino pessoas que gostam de tirar vantagens em tudo, um verdadeiro mau caráter, o que faz jus a famosa lei de Gerson.

            Muitas pessoas têm ciência de que a educação funciona como um elixir que resolverá todos os problemas sociais da nossa pátria mãe gentil, só que este elixir tem servido mais de placebo que qualquer outra coisa.

Ao estudarmos a história da educação, perceberemos que esta educação é trabalhada com uma dualidade há mais de dois mil anos e isso tem sido repetido até nos dias atuais, no qual o povo que é a maioria, tem a sua educação limitada e institucionalizada e a classe elitizada, tem sua educação diferenciada, trabalhando nesta a Paidéia.

Assim tem ocorrido o dualismo no Brasil com o ensino básico. De um lado a educação pública e do outro a educação privada que está sendo separadas por “castas” e marginalizações.

Sabendo da importância da educação, a mesma passa a ser vista por estes vivaldinos que estão no topo da pirâmide social como uma ameaça ao poder, então, ao povo, esta educação idiotizadora, manipuladora, adestradora, alienante e para os filhos desta elite usurpadora, a educação perfeita, que trabalhe o educando de forma integral e em sua plenitude.

O problema é que, apesar do povo ser a maioria, esta massa encontra-se anestesiada por esta educação que varia de pífia a medíocre, e vice-versa.

O dia que acabarmos com estes vivaldinos, acabaremos com o aviltamento de seu povo e teremos um país digno de uma população que encontra-se a beira da miséria, e como aduz Rodrigues em seu livro Ética e Cidadania publicado pela editora Moderna em 1994, acabar com a miséria não é só acabar com o desemprego, mas é reconstruir radicalmente a sociedade e essa reconstrução ocorrerá através de uma educação que excluirá o povo da alienação e o transformará em um agente protagônico cognoscente.

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